quarta-feira, 17 de março de 2010

Insuficiência Cardíaca

Causa

A hipertensão arterial sistêmica (pressão alta) é a principal causa de insuficiência cardíaca. Porém, sua incidência varia de acordo com o país ou a região e as condições socioeconômicas locais. Como exemplo, a doença de Chagas (ocasionada em grande parte por péssimas condições de moradia) é muito mais freqüente nas zonas rurais dos estados de Minas Gerais e Paraná. Em contrapartida, nos países e regiões desenvolvidos, a incidência de problemas de coronárias e hipertensão arterial é maior quando comparada com outros locais.

Sintomas

Variam de acordo com o grau de comprometimento cardíaco. Muitos pacientes podem não apresentar qualquer queixa; os sintomas geralmente se iniciam com cansaço excessivo e falta de ar quando se faz um grande esforço (subir uma ladeira, por exemplo). À medida que a doença avança, os sintomas se manifestam para médios e pequenos esforços e até mesmo em repouso. Juntamente com esse cansaço, pode ocorrer: inchaço nas pernas, especialmente no período da tarde.
Outros sintomas menos freqüentes: tontura, desmaios, fraqueza, diminuição da quantidade de urina (por causa da retenção de líquidos), dor no abdome, na região onde está localizado o fígado (sintoma secundário à retenção líquida), etc.
Em casos mais avançados, a pessoa não consegue deitar-se com a cabeceira baixa, sendo necessário elevá-la com travesseiros, para o alívio da falta de ar.

Prevenção

É preciso evitar todos os fatores de risco envolvidos em todas as causas da doença. Portanto, os cuidados relativos a fumo, obesidade, colesterol, vida sedentária, estresse e pressão alta ajudam a prevenir a arteriosclerose e a diminuir a ocorrência de problemas coronarianos. O cuidado com as condições de moradia e medidas para eliminar o barbeiro também são importantes no combate da doença de Chagas

Tratamento

O tratamento da insuficiência cardíaca deve considerar os sintomas atuais e as causas da doença.
Medidas dietéticas: O consumo de sal deve ser limitado a, no máximo, 3 gramas diárias, a fim de diminuir a quantidade de água dentro do corpo. Nesses casos, a ingestão de líquidos não deve ultrapassar 1 litro por dia; em casos mais graves, 300 ml por dia.
Medicamentoso
- Diuréticos: atuam aumentando o volume de urina eliminado. Com isso, consegue-se aliviar o excesso de líquido acumulado nos pulmões e nas pernas, principalmente.
- Digitálicos: são medicamentos que aumentam a força do coração para bombear o sangue e diminuem a freqüência cardíaca (a digoxina, digitoxina, digitalina). Frequentemente deve ser verificada a dosagem de digitálicos no sangue, a fim de evitar a "intoxicação digitálica", responsável por arritmias e descompensação cardíaca. O tratamento para reverter esses problemas seria a observação e a interrupção no uso do medicamento.
- Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA): promovem a dilatação dos vasos sangüíneos periféricos (das pernas, dos braços, etc.), diminuindo a resistência imposta ao coração e melhorando seu desempenho.
- Betabloqueadores: diminuem a força de contração do coração e a freqüência cardíaca, facilitando o relaxamento cardíaco. Indicados nos casos em que os ventrículos não relaxam adequadamente,
- Vasodilatadores: atuam diminuindo o trabalho cardíaco, reduzindo a resistência à contração do coração e a chegada do sangue ao coração.
Com o agravamento da insuficiência cardíaca, muitas vezes o tratamento só surte efeito se realizado em ambiente hospitalar. Nesse caso, o controle dos sintomas e da administração de medicamentos na veia torna-se vital para a recuperação do indivíduo.
Entre esses medicamentos, estão:
-. a dopamina (que, dependendo da dose, pode aumentar a quantidade de urina eliminada, a força de contração do coração e a pressão arterial);
-. a dobutamina (aumenta a força de contração do coração);
-. o nitroprussiato de sódio (potente droga que dilata os vasos da periferia do corpo, diminuindo a pressão arterial e melhorando a contração cardíaca);
-. a noradrenalina (usada em fases finais da doença, para aumentar a pressão arterial). Outras drogas (como o levosimendan) foram desenvolvidas para melhorar a função do coração.

Cirúrgico
Quando o tratamento medicamentoso não é suficiente para manter o paciente vivo, discutem-se alternativas de tratamento. As opções atuais são:
- Transplante cardíaco: técnica adotada em 1967, na África do Sul, muito utilizada atualmente. Trata-se da utilização de um coração doado (por vítima de acidente ou por morte cerebral). O coração do doador é implantado no corpo de um receptor com insuficiência cardíaca em fase terminal. Após o transplante, o receptor toma medicações para combater a rejeição do coração recebido. Em 1990, a sobrevida no primeiro ano após o transplante atingia 81% e 60% depois de 5 anos.
- Cardiomioplastia: criada na França, a cirurgia utiliza um músculo das costas para cobrir o coração, na tentativa de aumentar a sua força. Utilizada devido à falta de doadores. Os resultados dessa técnica ainda são insatisfatórios.
- Ventriculectomia: trata-se da retirada de uma parte do músculo cardíaco doente, visando melhorar a geometria do coração e, conseqüentemente, a sua força. A técnica foi criada por um brasileiro e é objeto de grande controvérsia entre os especialistas; ainda se encontra em fase inicial, sem resultados sólidos até o momento




Alimentos congelados podem ser mais nutritivos que os frescos

Uma pesquisa sugere que os vegetais congelados podem ser mais nutritivos que os frescos. De acordo com o estudo, cerca de 45% dos nutrientes mais importantes são perdidos no período entre a compra e o consumo dos alimentos.

Os cientistas descobriram que, geralmente, os consumidores compram os vegetais duas semanas antes de consumi-los e 80% dos entrevistados acreditam que os vegetais comprados estão há menos de quatro dias nas prateleiras dos supermercados.

Segundo os pesquisadores, esse tempo é crucial para que os nutrientes sejam descartados. Dezesseis dias após a colheita, a vagem perde mais de 45% dos seus nutrientes, enquanto o brócolis e a couve-flor perdem 25% no mesmo período. Já as ervilhas perdem 15% e a cenoura perde em torno de 10%.

Isso acontece em menor escala com os vegetais congelados, alegam os responsáveis pela pesquisa. Já que são submetidos a baixas temperaturas logo depois de colhidos, eles conservam melhor os nutrientes. "O conteúdo nutritivo dos vegetais frescos começam a perder-se no momento em que são colhidos. Isso significa que no momento em que eles chegam ao nosso prato, apesar de muitos acreditarem que estão comendo um vegetal cheio de nutrientes, muitas vezes isso não é verdade", afirmou a nutricionista Sarah Schenker, uma das responsáveis pela pesquisa.

O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa de Alimentos coordenado pela Birds Eye, uma empresa multinacional do ramo de alimentos congelados.

Esporte na terceira idade


Quais as principais diferenças entre a capacidade física de pessoas mais jovens em relação aos mais velhos?

As diferenças são significativas. Por exemplo, a força máxima de homens e mulheres é alcançada entre os 20 e 30 anos, período em que a circunferência dos músculos costuma ser maior. Com o passar dos anos há um declínio na força muscular. Por volta dos 65 anos, a força de preensão manual (ato ou efeito de segurar) em homens é aproximadamente 20 % menor, em comparação aos jovens de 20 anos.

Há cuidados específicos para cada etapa da vida depois dos 50 anos?

Sim, há um ritmo diferenciado de intensidade física em todas as faixas etárias. As funções fisiológicas declinam com a idade e nem sempre no mesmo ritmo. A condução nervosa declina apenas 10 a 15%, aos 80 anos, enquanto o débito cardíaco (volume de sangue por minuto), declina entre 20 a 30% e a capacidade respiratória máxima, aos 80 anos, é cerca de 40% menor, em comparação com indivíduos de 20 anos. As treinos e as exigências físicas não podem ser iguais para todos. É preciso um programa adequado para que o corpo possa estar em atividade e obter resultado positivo para a saúde.

Quais os benefícios principais que a prática esportiva pode trazer para este grupo?

O treinamento físico sistemático facilita a retenção protéica e pode retardar a diminuição da massa muscular e da força. Uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford com idosos sedentários, que se submeteram a um programa regular de exercícios, comprovou que a força muscular aumenta progressivamente durante o treinamento. Durante um programa de 12 semanas, homens sadios na faixa de 60 a 72 anos, obtiveram resultados animadores. Por exemplo, o aumento da força muscular, no exercício de flexão de joelhos, foi de 107% e no exercício de extensão dos joelhos, o aumento foi de 227%. Este estudo comprova que um programa regular de exercícios resistidos pode aumentar a massa muscular em idosos. Com o aprimoramento da força muscular os idosos também ficam menos expostos a lesões e acidentes domésticos.

Existem atividades a serem evitadas?

Não existe atividade física proibida, deve-se ter bom senso, e evitar atividades que envolvam risco de vida, ou de lesões musculares e fraturas. A redução da massa muscular está relacionada com a perda de força decorrente da idade. As fibras musculares diminuem de tamanho, em particular as fibras brancas (contração rápida), o que explica a movimentação mais lento, em pessoas idosas. Há com o passar do tempo, um aumento das fibras de contração lenta (fibras róseas e vermelhas) dando mais resistência e menos velocidade. Assim, as atividades físicas devem ser adaptadas às condições de cada indivíduo.

Além da corrida, o idoso deve complementar seu programa de atividade física com quais modalidades?

Alguns indivíduos podem correr e outros não, em função de problemas articulares (artrite, artrose), mecânicos (tipo de pisada ou posição dos joelho, problemas de coluna, perda ou diminuição da visão e também diminuição do equilíbrio). Recomenda-se complementar a corrida com alongamentos, exercícios localizados e musculação. O importante, basicamente, é ser ativo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Depressão


Generalidades
Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.

Como é?
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:

  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso

Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.

Causa da Depressão
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.

Causas da obesidade

Fatores genéticos da obesidade

Obesidade tende a ocorrer em membros da mesma família, o que sugere uma causa genética. Ainda, familiares também compartilham hábitos de dieta e estilo de vida que podem contribuir para a obesidade. Geralmente é difícil separar os fatores genéticos dos de dieta e estilo de vida. Ainda assim, a ciência mostra que hereditariedade está relacionada com a obesidade.

Fatores ambientais da obesidade

Entretanto, o genes não sentenciam a pessoa a ser obesa pelo resto da vida. O ambiente também tem forte influência como uma das causas da obesidade. Isso inclui hábitos de estilo de vida, como o que a pessoa come e seus hábitos de atividade física.

Embora você não possa alterar sua herança genética, pode mudar seus hábitos alimentares e níveis de atividade física. Tente essas técnicas que tem ajudado as pessoas a perderem peso e não recuperá-lo:

*Aprenda como escolher refeições mais nutritivas com menos gordura.

*Aprenda a reconhecer e controlar as características do ambiente que o fazem comer mesmo quando não está com fome, como por exemplo odores convidativos.

*Fique mais ativo fisicamente

*Mantenha registros do que você come e das atividades físicas.



Fatores psicológicos da obesidade

Fatores psicológicos também podem influenciar os hábitos alimentares. Muitas pessoas comem como resposta a emoções negativas como tristeza, tédio ou raiva.

A maioria das pessoas acima do peso não tem mais problemas psicológicos do que as com o peso correto. Ainda assim, até 10% das pessoas com obesidade moderada, que tentam emagrecer sozinhas ou através de programa de perda de peso comercial, têm desordem de compulsão alimentar. Essa desordem é ainda mais comum em pessoas com obesidade severa.

Durante os episódios de compulsão alimentar a pessoa ingere grandes quantidades de comida e sente que não consegue controlar o quanto está comendo. Aqueles com problemas de desordem de compulsão alimentar mais severos também têm maior probabilidade de ter sintomas de depressão e baixa auto-estima. Pessoas com problema de desordem de compulsão alimentar podem ter mais dificuldade para perder peso e não recuperá-lo.

Se você estiver incomodado por um comportamento alimentar compulsivo e acha que tem desordem de compulsão alimentar, procure ajuda de um profissional da saúde.


Outras causas da obesidade

Algumas doenças podem causar obesidade ou a tendência a ganhar peso. Essas incluem hipotireoidismo, síndrome de Cushing, depressão e certos problemas neurológicos que podem levar a comer demasiadamente. Ainda, medicamentos como esteróides e alguns antidepressivos podem causar ganho de peso. Um médico pode dizer se você está com uma condição médica que está causando ganho de peso ou tornando o emagrecimento mais difícil.








O planeta tem pressa

A ERA DO DEGELO
Gigantescos blocos de gelo se desprendem da plataforma Wilkins,
na Antártica: o efeito mais visível do aquecimento global


Até mesmo os mais incrédulos já concordam: a temperatura da Terra está subindo e a maior parte do problema é provocada por ações do homem, como a queima de combustíveis fósseis. Ainda persistem divergências acerca do tamanho do impacto sobre a vida humana. As soluções também são controversas.

Previsões

1-Existe alguma dúvida científica incontestável de que o planeta está se aquecendo? Não. Nem os cientistas mais céticos colocam esse fato em dúvida. Nos últimos 100 anos, a temperatura média mundial subiu 0,75 grau Celsius. Também não existe contestação séria ao fato de que isso vem ocorrendo em um ritmo muito elevado. Entre 1910 e 1940 (portanto, em trinta anos), a temperatura média do planeta se elevou 0,35 grau. Entre 1970 e hoje (38 anos), subiu 0,55 grau. Nos últimos doze anos o planeta experimentou onze recordes consecutivos de altas temperaturas.

2- As estimativas de que a temperatura média do planeta subirá até 4 graus até 2100 são confiáveis? Esse é o cenário mais pessimista projetado pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), que reúne as maiores autoridades do mundo nesse ramo da pesquisa. É um cenário catastrófico, mas ele só ocorrerá, na avaliação dos cientistas, se nada for feito. A projeção mais otimista dá conta de que o aumento projetado seria de 1,8 grau. Isso exigiria um corte de até 70% nas emissões de gases até o ano 2050.

3-Em que pontos os cientistas divergem? Todos concordam que o mundo está mesmo se aquecendo. As principais divergências são sobre a extensão da influência humana e, em especial, sobre se vale a pena ainda buscar a qualquer custo a redução drástica das emissões de gases do efeito estufa. Quem discorda dessa linha sugere que todo o esforço científico e financeiro dos países seja colocado no desenvolvimento de tecnologias que permitam à civilização conviver com os efeitos de um planeta mais quente.

4- Quando o aquecimento passou a acontecer com mais intensidade? O acúmulo de gases começou com o advento da Revolução Industrial, no século XVIII. O aquecimento é diretamente proporcional à atividade industrial. Portanto, quanto mais intensa ela for, mais dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso (N2O) serão lançados na atmosfera. Os problemas começaram a se manifestar agora porque esses gases tendem a se acumular.

5- Quanto a temperatura global já subiu? Durante o século XX, a temperatura média global subiu cerca de 0,75 grau.

Conseqüências

1- O ritmo de crescimento da temperatura dá sinais de estar arrefecendo? Não. Tudo indica que ele está sendo mantido e continuará assim.

2- Até que temperatura a vida na Terra é viável? A experiência em regiões desérticas e tropicais mostra que a vida humana em sociedade é possível à temperatura constante de 45 graus. Isso não significa que a vida seria tolerável se todo o planeta atingisse esse pico de temperatura. O desarranjo obrigaria a humanidade a buscar novas estratégias de sobrevivência. Por outro lado, nem o mais pessimista dos cientistas acredita que o aquecimento global ofereceria risco de sobrevivência para toda a raça humana.

3- Quais as conseqüências previsíveis para o Brasil? A mais grave seria a mudança de vegetação em metade da Amazônia, que se tornaria uma espécie de savana ou cerrado, já a partir de 2050. Isso porque a temperatura na região subiria pelo menos 3 graus. Com a temperatura média do país, que hoje é de 25 graus, passando aos 29 graus, milhares de famílias teriam de deixar o sertão nordestino em busca de regiões de clima mais ameno. O nível do mar também subiria nas cidades litorâneas, como Recife e Rio de Janeiro.

4- Que outros impactos poderiam ocorrer no dia-a-dia das pessoas? As chuvas seriam muito mais intensas, e isso afetaria todas as regiões. Espera-se que haja um maior número de noites quentes e ondas de calor, mas também invernos mais rigorosos. A temperatura variaria em extremos. Se for mantido o atual ritmo de emissões – e levando-se em conta as projeções de crescimento econômico, populacional etc. –, haverá elevação do nível do mar, redução de florestas, enchentes nas regiões mais úmidas, secas mais severas nas regiões de clima árido e semi-árido.

Calvície na juventude pode evitar o câncer de próstata

A calvície costuma ser uma preocupação de homens acima dos 50 anos, mas o assunto tem preocupado muitos jovens que sofrem com a perda do cabelo antes mesmo dos 30. Para os mais novos, uma boa notícia: aqueles que começam a ficar calvos ainda jovens possuem 45% menos chances de serem vítimas do câncer de próstata.

De acordo com um estudo americano, publicado nesta terça-feira na revista especializada Cancer Epidemiology, a calvície ainda na juventude está ligada a um alto nível de testosterona no organismo - o que ajudaria a diminuir as chances de tumores. Para a pesquisa, os cientistas analisaram 2.000 homens entre 40 e 47 anos, sendo que metade deles foram vítimas do câncer de próstata.

Ao comparar em que idade os pacientes haviam começado a perder o cabelo, os pesquisadores descobriram que aqueles que apresentaram os primeiros sinais de calvície ainda ao redor dos 30 anos foram os pacientes com os menores riscos de desenvolver o câncer. Apesar da boa notícia, especialistas alertam que o estudo ainda é controverso, já que pesquisas anteriores sugerem justamente o oposto: a calvície pode estar associada a maiores riscos de desenvolver o câncer.

Na maioria dos casos, a perda de cabelo acontece quando o folículo capilar uma bolsa tubular da epiderme que contém a raiz de cada fio capilar se torna exposto a uma grande quantidade de dihidrotestosterona (DHT) um andrógeno produzido pela testosterona. Se há muito DHT circulando no sangue, o folículo encolhe, deixando o cabelo mais fino e com um crescimento mais lento. Os cientistas acreditam que os homens com alto nível de testosterona tendem a perder o cabelo mais rápido, especialmente se há casos de calvície na família.

Em um dos tratamentos mais comuns no combate ao câncer de próstata, o paciente faz uso de um medicamento que reduz os níveis de testosterona, já que o hormônio pode acelerar o crescimento de tumores já existentes. O que a nova pesquisa sugere é que um alto nível de testosterona na juventude pode, na verdade, ajudar a prevenir a doença.

Cientistas encontram formas de vida no gelo a 182 metros de profundidade

Imagem captada ela câmera da NASA

Em uma surpreendente descoberta, cientistas encontraram, pela primeira vez, duas criaturas vivendo em um dos lugares mais inóspitos do mundo: a Antártica. As espécies, similares a um camarão e a uma água-viva, foram localizadas a 182 metros de profundidade, abaixo de uma espessa camada de gelo.

No local, onde a luz sequer consegue chegar, foram registradas somente formas microscópicas de vida, fato que tornou ainda mais importante a descoberta dos especialistas.

As espécies foram localizadas durante um experimento da NASA. A agência decidiu colocar uma câmera para explorar as camadas mais profundas do gelo e, surpreendentemente, flagrou um tipo de camarão "brincando" com o cabo do equipamento e uma espécie ainda não conhecida de água-vida.

"Acreditávamos que não existia nenhuma forma de vida nas profundidades do gelo", disse Robert Bindschadler, cientista da NASA, que apresentou a descoberta por meio de um vídeo exibido durante uma conferência da União Americana de Geofísica. "Parece um camarão que você adoraria ter no seu prato", brincou o especialista durante a reunião.

"Estamos surpresos", afirmou o cientista sobre a espécie alaranjada. "Tecnicamente não é um camarão e sim um Lyssianasid amphipod, um parente distante do crustáceo", explicou Bindschadler.

A descoberta levanta ainda uma nova suspeita: se um ser consegue sobreviver a mais de 180 metros de profundidade sob o gelo, seria possível encontrar vida em Europa, a lua congelada de Júpiter?

Cynan Ellis-Evans, microbiologista da British Antarctic Survey, chamou a descoberta de intrigante. "Foi a primeira vez que uma forma de vida sofisticada foi encontrada em um ambiente glacial". O cientista, no entanto, disse que talvez esses seres não sobrevivam sob o gelo permanentemente.

O biólogo Stacy Kim, da Moss Landing Marine Laboratories, na California, discorda do microbiólogo, embora ainda não saiba detalhar como essas espécies se alimentam em um ambiente tão inóspito.

Secretaria Estadual de Saúde investiga dois casos suspeitos de gripe A

A Secretaria Estadual de Saúde está investigando um caso suspeito da gripe A. O homem de 58 anos, natural de Itabaiana, morreu na última sexta-feira, 12, no Hospital de Trauma, e apresentava febre, tosse e a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), um dos sintomas que o Ministério da Saúde recomenda averiguar a existência ou não da doença.

O outro caso que também está sendo investigado pela SES é o de uma grávida de 29 anos que estava internada no Hospital Universitário Lauro Wanderley, mas não teve o quadro agravado e já recebeu alta ontem.

De acordo com a SES, já foram confirmados 26 casos da gripe A na Paraíba e quatro pessoas já morreram.

A campanha de imunização contra a gripe A no Estado começou no último dia 8 e se estenderá até o dia 21 de maio, seguindo um cronograma elaborado pelo Ministério da Saúde. Segundo a Coordenação de Imunização da Secretaria de Saúde até a última sexta-feira, 2.649 pessoas foram imunizadas contra a Influenza A (H1N1). Nesta primeira etapa, que prossegue até a próxima sexta-feira, 19, estão sendo vacinados os profissionais de saúde e os indígenas.

Na Paraíba deverão ser vacinados contra a gripe A, pelo menos, 80% da população-alvo, que representa 1.264.561 pessoas, sendo 37.770 trabalhadores de saúde, 12.716 indígenas, 69.322 gestantes, 91.328 crianças entre seis meses e dois anos de idade, 720.407 são paraibanos que têm entre 20 e 29 anos e 333.088 são pessoas com morbidade (cardiopatas, doentes renais, asmáticos crônicos, diabéticos, imunocomprometidos e outros).

A gerente Executiva de Vigilância em Saúde do Estado, Cleane Toscano,estima que a partir de abril uma nova onda da doença irá afetar a Paraíba devido à chegada do período chuvoso e a consequente queda nas temperaturas. “Como a doença já se tornou uma pandemia não há como se prevenir”.

A recomendação de Cleane Toscano, em caso de confirmação da doença, é evitar o contato próximo com o doente. Ela também acrescentou que as vacinas irão contribuir para a minimização dos casos, mas fez questão de advertir que a parcela da população não enquadrada no grupo de risco não terá direito à vacina, já que a quantidade de doses que será enviada ao Estado será insuficiente para imunizar a todos.

domingo, 7 de março de 2010

ANTIBIÓTICOS

O que são antibióticos?

Os antibióticos são medicamentos que combatem infecções causadas por bactérias. A penicilina, primeiro antibiótico, foi descoberto por Alexander Fleming em 1927. Após as primeiras utilizações de antibióticos na década de 40, eles revolucionaram os tratamentos e reduziram as doenças e mortes por infecções

O que é resistência aos antibióticos?

A resistência aos antibióticos é a capacidade da bactéria resistir aos efeitos de um antibiótico. Isso ocorre quando a bactéria muda de alguma forma e reduz ou elimina a eficiência dos antibióticos elaborados para combatê-la. Então, a bactéria sobrevive e continua a se multiplicar, causando mais danos.

Por que devemos nos preocupar com a resistência aos antibióticos?

A resistência aos antibióticos já foi considerada um dos principais problemas da saúde em termos mundiais. Durante a última década quase todos os tipos de bactérias têm ficado mais resistentes ao tratamento com antibióticos quando ele realmente é necessário. Essas bactérias resistentes aos antibióticos podem se espalhar rapidamente entre membros da família, colegas de trabalho e de escola. A resistência aos antibióticos pode causar perigo significativo e sofrimento a crianças e adultos que têm infecções comuns, as quais antes eram facilmente tratadas com antibiótico. Se um micróbio for resistente a muitos remédios, tratar a sua infecção pode ficar mais difícil ou até impossível.

Por que as bactérias ficam resistentes aos antibióticos?

O uso de antibióticos promove o desenvolvimento de bactérias resistentes. Cada vez que uma pessoa toma antibiótico as bactérias sensíveis são mortas, porém as resistentes podem ser deixadas para crescer e multiplicar. O uso repetido e inapropriado de antibióticos é a principal causa do aumento de bactérias resistentes. Ainda que os antibióticos devam ser usados para tratar infecções por bactérias, eles não são eficientes contra vírus como os que causam gripe, a maioria das dores de garganta e resfriado. O uso indiscriminado de antióticos promove a alastramento de bactérias resistentes. Para controlar as bactérias resistentes o ponto chave é a utilização inteligente de antibióticos.

Como podemos prevenir as infecções de bactérias resistentes aos antibióticos?

Deve-se usar antibióticos somente quando eles provavelmente serão benéficos. Não deve-se utilizar antibiótico para infecções virais como gripe ou resfriado. Use os antibióticos exatamente como o médico receitou e não pare o tratamento antes do tempo, uma vez que algumas bactérias podem ter sobrevivido. Além disso, nunca tome antibióticos sem orientação médica.

MALÁRIA

A malária é uma doença infecciosa, causada por parasitas protozoários, transmitida por mosquitos. Malária espalha-se em regiões tropicais e sub-tropicais, como partes das Américas, Ásia e África. Cada ano há entre 1 e 3 milhões de mortes decorrentes de malária, sendo a maioria de crianças na África Sub-Saariana. Malária é uma das doenças mais comuns e um grande problema de saúde pública em vários países. A doença é causada por parasitas protozoários do gênero Plasmodium. Os parasitas da malária são transmitidos por mosquitos fêmeas do gênero Anofeles.

Sintomas da malária

Os parasitas da malária multiplicam-se dentro das células sanguíneas vermelha. Sintomas da malária incluem febre, calafrio, dor nas articulações, vômito, anemia, hemoglobinúria e convulsões. O sintoma clássico da malária é ocorrência cíclica de frio súbito seguido por tremores de calafrio e então febre e sudorese que duram de 4 a 6 horas, ocorrendo a cada 2 dias nas infecções pelos protozoários P. vivax e P. ovale, e a cada 3 dias pelo P. malariae. Infecção de malária pelo protozoário P. falciparum pode ocasionar febre recorrente a cada 36-48 horas ou febre menos pronunciada e quase contínua. Por razões ainda pouco compreendidas, crianças com malária freqüentemente exibem postura anormal, a qual pode estar relacionada a dano cerebral. Malária pode causar problemas cognitivos, principalmente em crianças.

Causas da malária

A malária é causada por parasitas protozoários do gênero Plasmodium (phylum Apicomplexa). Em humanos a malária é causada pelos protozoários P. falciparum, P. malariae, P. ovale, P. vivax e P. knowlesi. Destes, o P. falciparum é a causa mais comum da infecção, e responsável por em torno de 80% dos casos de malária e 90% das mortes decorrentes da doença.

Transmissão da malária

Os hospedeiros e vetores de transmissão da malária são as fêmeas dos mosquitos do gênero Anofeles. Mosquitos jovens ingerem primeiro a malária ao se alimentar de um humano contaminado. Uma vez que o mosquito é infectado ele torna-se vetor da malária e pode contaminar outros humanos. Apenas a fêmea do mosquito alimenta-se de sangue, desta forma os machos não transmitem malária. As fêmeas do mosquito do gênero Anofeles preferem se alimentar de noite. Elas geralmente começam a procurar alimentação ao anoitecer e continuam pela noite adentro. Os parasitas da malária também podem se transmitidos por transfusão de sangue, embora isso seja raro.

Tratamento da malária

Infecção ativa de malária pelo P. falciparum é uma emergência médica que requer hospitalização. Já as infecções por P. vivax, P. ovale ou P. malariae podem geralmente ser tratadas sem internação. O tratamento da malária envolve medidas de suporte assim como medicamentos contra a malária. Com tratamento apropriado a pessoa pode esperar recuperação total da doença.

sábado, 6 de março de 2010

ANCILOSTOMÍASE


INTRODUÇÃO
Ancylastomatidae é um dos mais importantes famílias de nematoda cujos estágios parasitários ocorrem em mamíferos, inclusive em humanos, causando ancilostamatides.
Geralmente desencadeia um processo patológico de curso crônico, mas que pode resultar em conseqüências até fatais.
Dentre mais de 100 espécies de Ancylastomatidae descritas, apenas três são agentes etiológicos das ancilostomatoses humanas: ancylostamaduodenale, necatar americanus e ancylostoma cylanicum.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Os ancilastamotideas têm ampla distribuição geográfica. O A. duodenale, considerado como ancilostama do velho mundo. O N. americanus, conhecido como ancilostoma do novo mundo, ocorre em regiões tropicais onde predominam temperaturas altas.

MORFOLOGIA
Ancilostoma duodenale: adultos machos e fêmeas bilindriformes, com a extremidade anterior curvada dorsalmente; cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca e um par de lancetos ou dentes triangulares subventrais no fundo da cápsula bucal. Manchas medindo 8 a 11 mm de comprimento por 400 (m de largura; extremidade posterior com bolsa capsuladora bem desenvolvida, gubernáculo bem evidente. Fêmeas com 10 a 18 mm de comprimento por (m de largura; abertura genital (vulva) no terço posterior do corpo;
Ancylastoma ceylanicum: Adultos com morfologia geral semelhante à de A. duodenale, mas com detalhes que facilitam distingui-lo: apresenta cápsula bucal com dois pares de dentes ventrais. Manchas com 8 mm de comprimento por 360 (m de largura.
Necator americanus: adultos de forma cilíndrica, com extremidade cefálica bem recurvada dorsalmente; cápsula bucal profunda, com duas lâminas cortantes, semilunares, na margem interna da boca, com um dente longo, ou cone dorsal. Manchas menor do que a fêmeas, medindo 5 a 9 mm de comprimento por 300 (m de largura, com abertura genital próxima ao terço anterior do corpo.

CICLO BIOLÓGICO
Os ovos das ancilastamotídeos depositados pelas fêmeas, no intestino delgado do hospedeiro, são eliminados para o meio exterior através das fezes. No meio exterior as ovas necessitam, principalmente boa oxigenação, alta umidade e temperatura elevada.
No ambiente externo recém-eclodida, apresenta movimentos serpentiformes e se alimentam de matéria orgânica, passando então a se transformar em larva de terceiro estádio, denominada larva infectante. É a única forma dos ancilostomatídeos infectante para o hospedeiro.
Vias de transmissão ou infecção penetram tanto por via oral como transcutânea, apesar de alguns autores admitirem que a via oral é mais efetiva.

PATOGENIA E PATOLOGIA
Sintomas provocados por ancilostomose. Sinais abdominais podem ser evidentes após a chegada dos parasitas ao intestino, dos epigástrica, diminuição do apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulência, às vezes, pode ocorrer diarréia sanguinolenta, ou não, e menos freqüente, constipação.
A ancilostomose crônica causa anemia por deficiência de ferro.
Em casos fatais por A. duodenal, os exames pest mortem revelam jejunite e jejumoilíte, com ulcerações, severas hemorragias, supuração, necrose, gangrena e raramente peritonite filvino-purulenta.

IMUNOLOGIA
Embora os anticorpos ocorram na fase "aguda" da enfermidade, são incapazes de conferir uma sólida imunidade às reinfecções. No entanto em condições naturais, crianças acima seis anos e jovens até 15 anos, são mais freqüentemente parasitados, reduzindo aos 20 e 30 anos; e mais tarde, já na velhice, o parasitismo pode prevalecer novamente.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da ancilostomose pode ser analisado sob o ponto de vista coletivo ou individual. Em ambos os casos o diagnóstico de certeza será alcançado pelo exame parasitológico de fezes.

EPIDEMIOLOGIA
Quanto aos casos humanos de ancilostomose por A. ceylanicum, a epidemiologia desta enfermidade deve assumir mais importância em regiões enzóoticas, pois a espécie, embora ocorra no homem, é um parasita de caninos e felinos.
Quanto a ancilostomose por A. duodenale e N. americanus ocorre preferencialmente em crianças com mais de seis anos, adolescentes e em indivíduos mais velhos, independente do sexo. Neles, os parasitas podem sobreviver por até 18 anos. Nos pacientes, o A. duodenale e o N. americanus produzem em média, diariamente, 22 mil e 9 mil ovos.

CONTROLE
Em áreas endêmicas, a aplicação de medidas preventivas, tecnicamente efetivas para o controle das ancilostomoses são: engenharia sanitária (saneamento básico), educação sanitária e suplementação alimentar de Ferro e proteínas.
A estas medidas também se associa o uso de anti-helmíntico embora seja mais de uso curativo, tem seu merecido valor.

TRATAMENTO
A terapêutica, que também é uma medida de controle, do tipo curativo atualmente e usado vermífugas à base de pirimidinos e benzimidazóis têm sido os mais indicados. Este último e mais eficiente.