terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Edema


Edema Cerebral


O edema cerebral é desencadeado pelo aumento de líquidos intra e extracelular no cérebro. O edema pode surgir numa zona limitada ou em todo o cérebro. O diagnóstico e tratamento precoce reduzem as sequelas tornando o prognóstico mais favorável.

Origem

As principais causas são tumores, acidente vascular cerebral, traumatismo cerebral com ruptura de um vaso, sódio baixo, isquémia, abcessos, meningite, encefalite ou hipoxia (diminuição de oxigénio fornecido ao organismo) devido ao doente estar em zonas de grande altitude (edema cerebral de altitude).

Tipos de edemas

Há quatro tipos de edemas: o citotóxico em que há passagem de líquido do espaço extracelular para o intracelular; o vasogénico com passagem do líquido da corrente sanguínea para o espaço extracelular; o intersticial com passagem do líquido encefalorraquidiano para o espaço extracelular e o hiperémico devido ao aumento do volume intracelular.

O edema citotóxico devido a uma alteração no metabolismo das células, provocando retenção de água e sódio. Pode surgir em situações de hipotermia severa (temperatura inferior a 34º), intoxicação com alguns medicamentos, no início de isquémia cerebral (zona do cérebro aonde o sangue não chega), enfarte do miocárdio e alguns tumores. É o menos frequente.

O edema vasogénico é uma consequência do aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos devido a ter havido uma ruptura nas células que formam a barreira hematoencefálica junto à lesão. As proteínas e líquido plasmático passam rapidamente para o espaço extracelular da substância branca. Pode surgir em traumatismos, enfartes, hematomas, em situações tardias de isquémia cerebral, tumores, inflamações e encefalopatia hipertensiva. É o mais frequente.

A eliminação do excesso de líquidos depende principalmente do líquido encefalorraquidiano e da regulação dos movimentos dos líquidos pela barreira hematoencefálica. Se houver uma falha na regulação o líquido encefalorraquidiano, há passagem de líquidos para o espaço extracelular provocando edema intersticial. Este líquido é pobre em proteínas ao contrário do que acontece no edema vasogénico. Este edema surge na hidrocefalia.

O edema hiperémico é provocado pelo aumento da quantidade de sangue em determinado local ou diminuição do retorno venoso. Pode ser provocada por uma situação que antecede a uma isquémia ou inflamação.

Sinais e sintomas

Qualquer edema no cérebro provoca hipertensão craniana e esta sintomas como cefaleia (dor de cabeça) em todo o crânio, vómitos em jacto devido a compressão no centro bulbar do vómito e edema da pupila provocada pelo aumento da pressão à volta dos nervos ópticos diminuindo o retorno venoso. É detectado através do exame com oftalmoscópio.

Pode também haver confusão mental, coma, crises convulsivas e diminuição ou perda da força muscular em um ou mais membros, conforme a área atingida.

Tratamento

O tratamento é feito com medicamentos diuréticos para obrigar o organismo a eliminar líquidos em excesso e corticoides para reduzir o edema (inchaço). O edema cerebral causa hipertensão dentro do crânio agravando o prognóstico. Quanto mais cedo se começar a reverter o edema maior é a probabilidade de reduzir as sequelas que o doente pode vir a sofrer.

Se o edema for consequência de outra doença, esta deve ser tratada.

APOPTOSE


Apoptose


A apoptose é um tipo de morte celular que possui importante papel durante o processo de diferenciação, crescimento e desenvolvimento dos tecidos adultos normais e patológicos.De certa forma requer uma cascata de fenômenos bioquímicos e moleculares que acabam por proporcionar um fenótipo celular bastante peculiar.
Fisiologicamente a apoptose é um dos participantes ativos da homeostase no controle do equilíbrio entre a taxa de proliferação e degeneração com morte das células, ajudando na manutenção do tamanho dos tecidos e órgãos.
A perda deste equilíbrio promove o aparecimento de lesões proliferativas e degenerativas como:

*infarto do miocárdio,
*doença de Alzheimer,

*etc.


>Existem muitos fatores que podem induzir o processo apoptótico, como:

*fatores de crescimento,

*neurotransmissores,

*glicocorticóides,
*cálcio,
*toxinas bacterianas,

*radicais livres,
*agentes oxidantes,
*agentes mutagênicos,
*e outros.

> Dos agentes que inibem a apoptose, destacam-se:

*os hormônios esteróides e androgênicos,
*o ion zinco,

*fatores da matriz celular
*e aminoácidos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Úlcera






Úlcera de pressão


As úlceras de decúbito ou úlceras de pressão, ou ainda úlceras cutâneas, são lesões na pele devido à algum tipo de pressão que diminue o fluxo sangüíneo e a irritação da pele.
Em geral esse tipo de ferida se forma sobre uma saliência óssea, das pessoas acamadas. São zonas onde a pele fica pressionada por uma cama, por uma cadeira de rodas, por uma tala ou por outro objeto rígido durante um período prolongado. Os indivídos que não podem se mover apresentam um risco maior de apresentar úlceras de decúbito.
Os primeiros sintomas da formação de uma úlcera de pressão são vermelhidão e inflamação na área da pele sob pressão. As zonas do corpo mais propícias para a formação desse tipo de úlcera são crista ilíaca, sacro, calcanho, trocânter maior, maléolo lateral e o tornozelo.
As vestimentas inadequadas, as roupas de cama enrugadas ou o atrito dos calçados contra a pele podem contribuir para a lesão cutânea, assim como a exposição à umidade da transpiração, urina ou das fezes, pode lesar a superfície da pele facilitando a instalação de uma úlcera de pressão.

O tratamento de uma úlcera de decúbito é muito mais difícil que a sua prevenção. Felizmente, nos estágios iniciais, as úlceras de decúbito geralmente cicatrizam por si após a pressão ser removida. A melhoria do estado geral de saúde através da administração de suplementos protéicos e calóricos pode ajudar a acelerar a cicatrização. Quando a pele se rompe, a proteção da mesma com um curativo de gaze pode ajudar na cicatrização. A gaze revestida de Teflon ou impregnada de vaselina apresenta a vantagem de não grudar na lesão em processo de cicatrização. Para as úlceras mais profundas, curativos especiais contendo um material gelatinoso podem favorecer o crescimento de pele nova.


Fonte: ABC saúde.