sábado, 6 de março de 2010

ANCILOSTOMÍASE


INTRODUÇÃO
Ancylastomatidae é um dos mais importantes famílias de nematoda cujos estágios parasitários ocorrem em mamíferos, inclusive em humanos, causando ancilostamatides.
Geralmente desencadeia um processo patológico de curso crônico, mas que pode resultar em conseqüências até fatais.
Dentre mais de 100 espécies de Ancylastomatidae descritas, apenas três são agentes etiológicos das ancilostomatoses humanas: ancylostamaduodenale, necatar americanus e ancylostoma cylanicum.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Os ancilastamotideas têm ampla distribuição geográfica. O A. duodenale, considerado como ancilostama do velho mundo. O N. americanus, conhecido como ancilostoma do novo mundo, ocorre em regiões tropicais onde predominam temperaturas altas.

MORFOLOGIA
Ancilostoma duodenale: adultos machos e fêmeas bilindriformes, com a extremidade anterior curvada dorsalmente; cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca e um par de lancetos ou dentes triangulares subventrais no fundo da cápsula bucal. Manchas medindo 8 a 11 mm de comprimento por 400 (m de largura; extremidade posterior com bolsa capsuladora bem desenvolvida, gubernáculo bem evidente. Fêmeas com 10 a 18 mm de comprimento por (m de largura; abertura genital (vulva) no terço posterior do corpo;
Ancylastoma ceylanicum: Adultos com morfologia geral semelhante à de A. duodenale, mas com detalhes que facilitam distingui-lo: apresenta cápsula bucal com dois pares de dentes ventrais. Manchas com 8 mm de comprimento por 360 (m de largura.
Necator americanus: adultos de forma cilíndrica, com extremidade cefálica bem recurvada dorsalmente; cápsula bucal profunda, com duas lâminas cortantes, semilunares, na margem interna da boca, com um dente longo, ou cone dorsal. Manchas menor do que a fêmeas, medindo 5 a 9 mm de comprimento por 300 (m de largura, com abertura genital próxima ao terço anterior do corpo.

CICLO BIOLÓGICO
Os ovos das ancilastamotídeos depositados pelas fêmeas, no intestino delgado do hospedeiro, são eliminados para o meio exterior através das fezes. No meio exterior as ovas necessitam, principalmente boa oxigenação, alta umidade e temperatura elevada.
No ambiente externo recém-eclodida, apresenta movimentos serpentiformes e se alimentam de matéria orgânica, passando então a se transformar em larva de terceiro estádio, denominada larva infectante. É a única forma dos ancilostomatídeos infectante para o hospedeiro.
Vias de transmissão ou infecção penetram tanto por via oral como transcutânea, apesar de alguns autores admitirem que a via oral é mais efetiva.

PATOGENIA E PATOLOGIA
Sintomas provocados por ancilostomose. Sinais abdominais podem ser evidentes após a chegada dos parasitas ao intestino, dos epigástrica, diminuição do apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulência, às vezes, pode ocorrer diarréia sanguinolenta, ou não, e menos freqüente, constipação.
A ancilostomose crônica causa anemia por deficiência de ferro.
Em casos fatais por A. duodenal, os exames pest mortem revelam jejunite e jejumoilíte, com ulcerações, severas hemorragias, supuração, necrose, gangrena e raramente peritonite filvino-purulenta.

IMUNOLOGIA
Embora os anticorpos ocorram na fase "aguda" da enfermidade, são incapazes de conferir uma sólida imunidade às reinfecções. No entanto em condições naturais, crianças acima seis anos e jovens até 15 anos, são mais freqüentemente parasitados, reduzindo aos 20 e 30 anos; e mais tarde, já na velhice, o parasitismo pode prevalecer novamente.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da ancilostomose pode ser analisado sob o ponto de vista coletivo ou individual. Em ambos os casos o diagnóstico de certeza será alcançado pelo exame parasitológico de fezes.

EPIDEMIOLOGIA
Quanto aos casos humanos de ancilostomose por A. ceylanicum, a epidemiologia desta enfermidade deve assumir mais importância em regiões enzóoticas, pois a espécie, embora ocorra no homem, é um parasita de caninos e felinos.
Quanto a ancilostomose por A. duodenale e N. americanus ocorre preferencialmente em crianças com mais de seis anos, adolescentes e em indivíduos mais velhos, independente do sexo. Neles, os parasitas podem sobreviver por até 18 anos. Nos pacientes, o A. duodenale e o N. americanus produzem em média, diariamente, 22 mil e 9 mil ovos.

CONTROLE
Em áreas endêmicas, a aplicação de medidas preventivas, tecnicamente efetivas para o controle das ancilostomoses são: engenharia sanitária (saneamento básico), educação sanitária e suplementação alimentar de Ferro e proteínas.
A estas medidas também se associa o uso de anti-helmíntico embora seja mais de uso curativo, tem seu merecido valor.

TRATAMENTO
A terapêutica, que também é uma medida de controle, do tipo curativo atualmente e usado vermífugas à base de pirimidinos e benzimidazóis têm sido os mais indicados. Este último e mais eficiente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário