O que causa Hidrocefalia?
Como a Hidrocefalia é tratada?
Através desse blog temos o objetivo de enfocar alguns assuntos direcionados a patologia. Esperamos agradar a todos os visitantes do nosso blog! By: Ana Acácia Pinheiro; Camila Pinheiro; Ingrid Vitorino; Melissa Ramos; Nelson Novais
O que é HPV? Qual a relação entre os HPV e o câncer do colo do útero? Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos. | Fig. 1 |
Os HPV são facilmente contraídos? Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV (Figura 2) em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus. | Fig. 2 - Células infectadas pelo vírus HPV |
Como os papilomavírus são transmitidos?
A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro.
Fig. 3 | Como são essas infecções? As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como "crista de galo" (Fig. 3). Já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente. Como as pessoas podem se prevenir dos HPV? O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis. |
Quais os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas?
A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.
É necessário que o parceiro sexual também faça os exames preventivos?
O fato de ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo papilomavírus não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção. De qualquer forma, é recomendado procurar um urologista que será capaz - por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do teste de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença do DNA do HPV), identificar a presença ou não de infecção por papilomavírus.
Qual o tratamento para erradicar a infecção pelo papilomavírus? Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?
Fig. 4 - Região genital após o tratamento com o laser
A maioria das infecções é assintomática ou inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas (lesões exofíticas ou verrugas) e subclínicas (sem lesão aparente). Diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos (tópico, com laser, cirúrgico). Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada (Fig. 4).
Embora estudos epidemiológicos mostrem que a infecção pelo papilomavírus é muito comum (de acordo com os últimos inquéritos de prevalência realizados em alguns grupos da população brasileira, estima-se que cerca de 25% das mulheres estejam infectadas pelo vírus), somente uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV com alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo do útero.
Há algum fator que aumente o risco de a mulher desenvolver câncer do colo do útero?
Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com imunosupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia).
As vacinas contra o HPV
O que é a vacina contra o HPV?
É a vacina criada com o objetivo de prevenir a infecção por HPV e, dessa forma, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver câncer de colo de útero. Apesar das grandes expectativas e resultados promissores nos estudos clínicos, ainda não há evidência suficiente da eficácia da vacina contra o câncer de colo do útero. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18). Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos 16 e 18.
Qual o impacto desta nova tecnologia para a política de atenção oncológica e para o SUS?
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema. Ainda há muitas perguntas relativas à vacina sem respostas:
- Ela só previne contra as lesões pré-cancerosas ou também contra o desenvolvimento do câncer de colo de útero?
- Qual o tempo de proteção conferido pela vacina?
- Levando-se em conta que a maioria das infecções por HPV é facilmente debeladas pelo sistema imunológico, como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV?
- Como a vacina afeta outros tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero?
- Se os tipos 16 e 18 forem efetivamente suprimidos, outros tipos podem emergir como potencialmente associados ao câncer de colo do útero?
Todas essas perguntas precisam ser respondidas antes de a vacinação ser recomendada como política de atenção oncológica.
Um comitê de Acompanhamento da Vacina, formado por representantes de diversas instituições ligadas à Saúde e liderado pelo INCA, avalia, periodicamente, se é oportuno recomendar a vacinação em larga escala no país. Até o momento, o comitê decidiu pela não incorporação da vacina contra o HPV no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Como a vacina funciona?
Estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
Existe risco de infecção pela vacina?
Não. No desenvolvimento da vacina conseguiu-se identificar a parte principal do DNA do HPV. Depois, usando-se um fungo (Sacaromices cerevisiae), obteve-se apenas a “capa” do vírus, que mostrou induzir fortemente a produção de anticorpos quando administrada em humanos.
Qual o tempo de proteção após a vacinação?
A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, visto que só começou a ser comercializada no mundo há cerca de dois anos. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero.
• O que é realmente a congestão?
A congestão é, na realidade, uma alteração aguda da digestão, ou seja, uma interrupção da digestão. Essa alteração pode acontecer em qualquer nível, mas na grande maioria das vezes, acontece quando o alimento ainda se encontra dentro do estômago. Geralmente na fase inicial da digestão alguma interferência faz com que essa digestão se interrompa ou se faça de uma forma inadequada. Congestão é um termo popular, pois em termos médicos se falaria que essa pessoa teve uma indigestão ou uma dispepsia aguda.
• O que pode provocar uma indigestão?
Na realidade não existe uma causa única. Pode ser causada desde um abuso alimentar, assim como alguns hábitos que não devem ser praticados ou realizados após uma refeição. Mas na maioria das vezes ocorre por um excesso ou exagero na alimentação.
• Quais são os sintomas da congestão?
Inicialmente, o paciente que estiver com a congestão vai ter os sintomas que se referem ao estômago. Então ele vai começar a se sentir mal com uma sensação de peso e de que não está fazendo a digestão, associada a uma distensão (estufamento) do abdômen, sintomas de enjôo e náuseas, isso numa fase mais inicial. Dependendo da progressão e da intensidade isso também pode acompanhar de sintomas gerais, como um mal estar, sensação de desmaio, suor, extremidades frias e palidez da pele são alguns dos sintomas ao nível do aparelho digestivo, acompanhados ou não, de sintomas gerais.
• Por exemplo, a leitura depois do almoço pode causar uma congestão?
Geralmente não. O esforço que você faz ao ler é um esforço pequeno e isso não é uma causa de congestão.
• E tomar banho após a refeição, dá congestão?
Também não. Isso é um mito, mas realmente não é verdade.
• Como nós podemos perceber que uma pessoa está tendo uma congestão?
Pelos sintomas que eu já citei anteriormente, o paciente após ingerir alimentos, na maioria das vezes, em excesso, começa a se sentir mal. Então ele começa a referir desconforto na região do estômago, distensão, estufamento, sensação de vômito, náuseas e progredindo até mesmo para uma sensação de que vai desmaiar ou cair, que a pressão está se alterando, está pálido e com suor. Esses sintomas numa pessoa que acabou de comer ou após uma refeição recente, você deve pensar que realmente ele está se sentindo mal em decorrência daquela refeição que ele acabou de fazer.
• O que pode ser feito para ajudar uma pessoa quando ela está sofrendo de congestão?
A primeira coisa é ficar tranqüilo e tentar tranqüilizar essa pessoa. Ambientes bem ventilados, se ela está com uma roupa bem apertada, afrouxar as roupas, deitar essa pessoa se ela estiver com uma sensação de desmaio, evitar dar medicação porque, na grande maioria das vezes, isso vai acabar passando ou se resolvendo espontaneamente.
• Quando a pessoa passa mal e se automedica, por exemplo, com efervescentes. Isso é correto?
Uma pessoa que está tendo uma congestão, além das medidas gerais de tranquilização, o uso de alguns medicamentos geralmente receitados por leigos, na fase aguda, esse medicamento vai dar um certo alívio porque ele vai auxiliar o estômago a fazer a digestão. São os efervescentes, os antiácidos e pode-se também associar medicamentos que evitem a náusea e o vômito. Mas a gente prefere que não se use nada porque a congestão é realmente um fato bem agudo e que, na maioria das vezes, vai passar dentro de algumas horas, por isso, deve-se evitar a medicação. Ela pode ser usada, mas deve ser evitada. Usada só em último recurso e se houver necessidade, encaminhar essa pessoa a um serviço médico de urgência.
• É possível morrer de congestão?
Não. A congestão em si, ou a indigestão dificilmente leva uma pessoa ao óbito. O que pode acontecer é que se essa pessoa tem outras doenças, ela pode, de repente, desencadear uma crise de hipertensão ou outras coisas, mas isso é muito raro e só da congestão a pessoa não vai morrer.
• Quais os alimentos que podem causar congestão?
Qualquer tipo de alimento pode causar uma congestão ou uma indigestão. Na realidade o que vai depender é a quantidade que essa pessoa comeu, a forma com que ela comeu, o horário que ela comeu ou o que ela fez após ter se alimentado. Principalmente o que causa a congestão é o excesso, na grande maioria das vezes.
• Após as refeições é necessário esperar para praticar atividades físicas, como, por exemplo, mergulhar?
Na realidade, após uma refeição nós devemos aguardar um certo tempo para fazer alguma atividade física maior, porque nesse momento pós-refeição, o nosso sangue está direcionado para o aparelho digestivo, para melhorar a absorção e a digestão. Então se você vai praticar uma atividade física muito pesada, esse sangue que está indo para o aparelho digestivo vai ser direcionado para os músculos e isso pode causar uma interrupção dessa digestão que estava ocorrendo. O ideal e recomendado, é que após uma refeição não se pratique atividades físicas pesadas.
• Existe diferença no tempo de digestão de um alimento para o outro?
Com certeza. Sabemos que os líquidos geralmente saem rapidinho do estômago, pois você os ingere e em pouco tempo, ele já passou do estômago e está ao nível do intestino. Já os alimentos, quanto mais gordurosos, mais tempo eles vão demorar em serem digeridos. Os carboidratos (massas e açúcares) já têm uma digestão muito mais rápida e as proteínas (carne, leite) têm um tempo de digestão intermediária, ou seja, não tão rápido quanto às massas e nem tão demorado quanto à gordura. Então o tipo de refeição que você faz vai interferir no tempo que o seu estômago vai gastar para digerir e isso também implica em quanto tempo você deve esperar para fazer uma atividade física depois.
• É bom repousar depois das refeições?
Após uma refeição, o sangue é direcionado num fluxo maior para o aparelho digestivo, por isso, você deve evitar atividades físicas vigorosas, não necessariamente você tenha que deitar após uma refeição. Inclusive, em algumas doenças do estômago, a gente pede para que o paciente não deite após as refeições. O que deve ser evitado é fazer uma atividade física grande e vigorosa.